11 de março de 2017

As tecnologias e a solidão


Que mundo é este, em que estamos rodeados de tanta gente, com tantos amigos, mas cada vez nos sentimos mais sós?

Tantas redes sociais, tantas tecnologias à nossa disposição, tantas formas de contacto, mas cada vez nos sentimos mais sós...

O que é feito do tempo em que, simplesmente, ficávamos na rua, a conversar, até às tantas, a contar anedotas e a rir, por tudo e por nada, sem medo de acordar os vizinhos porque simplesmente o que queríamos era conviver com os amigos e divertirmo-nos?

Depois do trabalho, ou quando o tempo livre nos permitia, aparecíamos no café da esquina, sem tempo, nem hora marcada e por lá ficávamos até à da hora do fecho. Depois, lá continuávamos na rua, na conversa, até que alguém se lembrasse de ir a outra tasca beber mais uma imperial ou mais uma ginjinha e, assim, continuávamos mais algumas horas, pela noite dentro.

Estou a falar do tempo em que o uso do telemóvel era apenas para uma elite. Nesse tempo, não tínhamos internet, apenas usávamos o telefone fixo, mas se queríamos combinar alguma coisa com alguém, arranjávamos sempre uma maneira de a contactar; não era por isso que não deixávamos de nos encontrar. Nesse tempo, não tínhamos muitos amigos, mas os que tínhamos eram verdadeiros e, estavam sempre lá, sempre que alguém precisasse de alguma coisa.

Nesse tempo, eramos felizes, sem tecnologias, mas com simplicidade.

E agora, que temos tantas tecnologias, tantos amigos, uns reais e outros virtuais - o que nos resta?

Agora, restam-nos os amigos, com hora marcada, com stress para chegarmos a horas ao evento, que combinámos por uma qualquer rede social. Restam-nos os amigos por interesse. Restam-nos aquelas pessoas que só se lembram que nós existimos, quando precisam de nós.

Restam-nos os telefonemas e as mensagens pelo Natal e Passagem de Ano, às quais, muitos já nem respondem - por falta de tempo, ou por falta de interesse.

Mas, no meio de tudo isto, ainda existem aquelas pessoas que se preocupam connosco, aquelas que se importam connosco e que nos procuram, só para saberem de nós. São aquelas pessoas que nos dão a mão e que nos ajudam a levantar quando estamos sem forças. São aquelas pessoas que têm a capacidade de nos fazer sorrir, quando estamos tristes. São aquela companhia, com quem podemos sempre contar, nos nossos momentos vazios.

Felizmente, ainda nos restam algumas pessoas que fazem tudo o que podem e que dão muitos passos, para nos verem felizes!

São estas pessoas que temos de preservar e manter sempre por perto. É por estas pessoas que temos de fazer tudo, o que estiver ao nosso alcance, para que elas se sintam bem, porque sabemos que elas fazem o mesmo por nós. São estas pessoas que ainda nos fazem acreditar que a vida vale a pena…

Dina Rodrigues
11-03-2017

8 de março de 2017

Mulher




Mulher Sedutora, fatal,
Que inspiras canções, poemas…
Mulher traidora, sentimental,
Que és assunto para tantos temas.

Mulher romântica e sonhadora
Que escreves e pensas com o coração.
O teu limite é o infinito,
Ou onde te leva a imaginação…
Amas e sofres em silêncio
Por um amor que nem sempre entendes.
Vives recordações e sentes saudades,
Sentimentos que só tu compreendes.

Mulher submissa e dedicada
Que consegues sempre perdoar
Traições que tantas vezes sentiste.
Mulher que sabes sorrir e agradar
Quando te sentes infeliz e triste.

Mulher que foste adulta em criança
E os teus irmãos ajudaste a criar.
Gostas de dar conforto e confiança
E és feliz assim… a ajudar!

Mulher que és pai e mãe,
Os filhos são a tua razão de viver.
Na vida sempre foste alguém,
A coragem é a alma do teu ser!

Dina Rodrigues
Março 2009

7 de janeiro de 2017

As pegadas da vida


 
As pegadas da vida

Há pegadas que ficam para sempre marcadas na nossa vida e por mais que as tentemos apagar, elas não se apagam porque ficam com marcas profundas no nosso ser. Podem até desvanecer-se, mas quando são profundas, irão permanecer ao longo do tempo e irão permanecer para sempre, no nosso coração...

Há anos que eu ando pelas redes sociais e, antes do Facebook, eu estava numa rede social que se chamava Live spaces, onde tinha grandes amigos. Esta rede social acabou e, os amigos de lá reuniram-se, quase todos, novamente no Facebook. Lá, eramos como uma família, uma família virtual, mas que nos dava mais apoio do que muitas famílias reais. Pessoalmente, conhecia muito poucas pessoas, mas, virtualmente, tinha os melhores amigos. Lá, vivemos grandes aventuras, mas sobretudo reinava um espírito de amizade, que não encontro no Facebook. Os tempos mudaram e nós também mudámos com a idade e com a vida.

Para todos os meus amigos do Live Spaces, os que foram e já deixaram de ser e os que ainda continuam a ser, eu desejo muitas felicidades e que a vida lhes sorria sempre. Vocês ficaram para sempre no meu coração!

Dina Rodrigues
07/01/2017